Cuíra
Desde 1981
O Grupo Cuíra tem 40 anos de atividades na área teatral paraense, onde sempre participou intensamente com montagens de autoria coletiva e autores regionais. A partir de 1995, passou a contar com a orientação de Cacá Carvalho que veio a Belém para dirigir “Nunca houve uma mulher como Gilda” “Convite de Casamento”, “Toda minha vida por ti”, e “Hamlet, um extrato de nós”.
Em 2006 locou um espaço físico, bem na zona de meretrício, onde realizou um intenso trabalho social com oficinas, música, dança e teatro, chamado “Teatro Cuíra”. Em abril de 2007 apresentou o espetáculo “Laquê”, interagindo concretamente com a população do entorno do espaço.
Em 2008 estreou os espetáculos “PRC-5 - a voz que fala e canta para a planicie”, sobre os 80 anos da Rádio Clube do Pará , a primeira emissora de radio da Amazônia, com direção de Wlad Lima e Karine Jansem.
Em 2011 e 2012 desenvolveu o Projeto Cuíra por Memórias, patrocinado pela Petrobras através da Lei Rouanet do Ministério de Cultura. O primeiro fruto do projeto foi “Sem Dizer Adeus”, com direção de Edyr Augusto, com Claudio Barradas e Zê Charone em cena. Em setembro estreou o Espetáculo “Barata pega na chinela e mata, com grande elenco, autoria e direção de Edyr Augusto. Ainda em 2012 executou o Projeto Pauta Mínima – Prêmio Pro-Cultura de Estímulo ao Circo Dança e Teatro, que premiava grupos teatrais da cidade para pautas no Teatro Cuíra, com uma segunda edição, realizada em 2014, atuando como fomentador da atividade teatral para novos atores.
Após nove anos de atividades e enfrentando grandes dificuldades de manter uma casa teatral sem apoio algum, o Teatro Cuíra foi fechado. O grupo conseguiu encontrar um novo lugar, na Dr. Malcher, Cidade Velha, uma casa centenária onde passou a utilizar seus grandes espaços para continuar seu trabalho..
E começou imediatamente em várias frentes, uma dela, resultado de pesquisa de Olinda Charone, para o IAP (Instituto de Artes do Pará), “Esse corpo que me veste”, com Olinda e Zê Charone, dirigidas por Wlad Lima e com dramaturgia de Edyr Augusto. Ainda em 2015, produziu o “Auto do Coração”, a partir do prêmio Myriam Muniz, da Funarte, com direção de Wlad Lima e grande elenco, encenada à bordo de um ônibus que circulava pela cidade.
Em 2017 fez parceria com o grupo Teatro de Apartamento e montou o espetáculo “A outra irmã”, com dramaturgia e direção de Saulo Sisnando. Prosseguindo com a parceria, iniciou um Curso Livre de Formação de Ator em dois módulos, no primeiro e segundo semestres de 2018. Ainda neste ano, montou o espetáculo Marias, dramaturgia de Edyr Augusto Proença e direção de Saulo Sisnando.
Em 2019 retornou com o espetáculo Abraço, que havia sido sucesso no Teatro Cuira, agora em temporada na Casa, uma homenagem ao grande ator Claudio Barradas que faz o espetáculo, junto com a atriz Zê Charone, texto e direção de Edyr Augusto Proença. Em 2020, atingidos pela epidemia, parou as atividades mas retornou para a Mostra Nilza Maria, promovida pela Secult, novamente com “Abraço”.
Mesmo durante a pandemia, que deixou sem trabalho inúmeros atores e técnicos teatrais, o Cuíra achou uma maneira de seguir atuando. Por isso, em 2021, após ensaios online, Edyr Augusto escreveu e dirigiu “As Sexy+”, com Olinda Charone, Sandra Perlin, Giselle Moreira e Sonia Alão, com produção de Zê Charone, através da Lei Aldyr Blanc, apresentada na plataforma YouTube
Quando as autoridades começaram a liberar apresentações em público, o Cuíra voltou ao palco da Casa Cuíra com o monólogo “Joana”, a partir da história real de uma mulher durante a construção da Hidrelétrica de Tucuruí. O espetáculo também já foi apresentado no Teatro Waldemar Henrique e na programação da Feira Pan Amazônica de Literatura e Multivozes, que entre outras atrações, homenageou Edyr Augusto, um dos estandartes do Cuira, como autor teatral. “Joanna” é um trabalho especial e está pronto para novas datas e circulação pelo Brasil.
São 40 anos de lutas, muito suor e trabalho, pelejando por mais espaços, formação de plateia e a glória do Teatro Paraense.
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